Clássico das quartas tem laços além dos gramados: Rainha da Holanda é nascida na Argentina
Argentina e Holanda fazem um dos maiores clássicos das Copas do Mundo. O jogo desta 6a feira, às 16h de Brasília, no Lusail Stadium, válido pelas quartas de final, vai apontar o adversário de Brasil ou Croácia nas semifinais. Foi em duelo com os holandeses, em 1978, em Buenos Aires, que os argentinos ergueram a Copa pela primeira vez (a segunda seria em 1986, no México), ao superarem os adversários por 3 a 1 na prorrogação, depois de 1 a 1 no tempo normal. Não bastassem tantos componentes futebolísticos para elevarem a importância do clássico, há também um contorno histórico-político no duelo. Afinal, a Rainha-Consorte da Holanda, Máxima Zorreguieta, casada com o Rei Willem-Alexander desde 2002, é nascida e criada em Buenos Aires. O Rei ascendeu ao trono em 2013, quando da abdicação de sua mãe, a Rainha Beatriz. O casal real tem três filhas: as princesas Catarina-Amália, primogênita e herdeira do trono, Alexia e Ariana.
Assim sendo, argentinos e holandeses estão mais ligados do que talvez possam imaginar. Economista, formada em 1995, a futura Rainha Máxima havia trabalhado em várias instituições do mercado financeiro nos Estados Unidos e na Europa, tendo conhecido o futuro Rei numa viagem à Espanha. Quando eles se conheceram, o então príncipe se apresentou a ela apenas como Alexander, sem revelar de início que era um membro da realeza. A hoje Rainha chegou a pensar que era uma piada quando mais tarde o nobre holandês lhe contou que era um príncipe.
Ex-membro do Comitê Olímpico Internacional (COI) e praticante de diversos esportes, Willem-Alexander revelou em 2017 que há 21 anos trabalhava incógnito como copiloto de aviação comercial na companhia aérea holandesa KLM. O Rei tem 55 anos, e a Rainha, 51. Suas filhas estudam em colégios públicos, e a Família Real Holandesa não parece ser alvo de tantos holofotes da imprensa quanto a Família Real Inglesa.
Laços históricos à parte, dentro de campo, nos cinco confrontos anteriores, nas edições de 1974, 1978, 1998, 2006 e 2014, foram duas vitórias para a Holanda, duas para a Argentina (uma na prorrogação e outra nos pênaltis) e um empate. Além da vitória na final de 1978, outro triunfo importante dos albicelestes se deu em 2014, na semifinal do Mundial do Brasil, com 3 a 2 nos penais, depois de um empate sem gols. A Argentina perdeu a final para a Alemanha no Maracanã.
Já do lado holandês, na fase de grupos, em 1974, na Alemanha, a então Laranja Mecânica - assim conhecida porque seu uniforme homenageia a dinastia Orange, que significa laranja -, promovia uma revolução tática. Com isso, atropelou a rival por 4 a 0. A outra vitória holandesa no duelo se deu em 1998, na França, nas quartas de final, mesma fase de agora: 2 a 1. Além diso, houve um 0 a 0 na fase de grupos, em 2006, na Itália.
Ao alto, o Casal Real holandês, em foto de Erwin Olaf no site www.royal-house.nl/photos/official-photograph.



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