Kelly, do Basquete, Curte a Copa na Croácia

Medalhista de bronze com a seleção brasileira de basquete, nos Jogos de Sydney-2000, campeã brasileira pelo Vasco em 2001, e com passagens por diversos clubes no exterior - incluindo Detroit Shock e Seattle Sorm, na WNBA; Bourges e AIX Provence, da França; CUS Chieti, da Itália; Nercaleon, Extremadura Dato e Cadi La Seu D'Urgell, da Espanha; Cecis, da Letônia; Besiktas, Osmaniye e Edremit, da Turquia; UTE e Ambato, do Equador; Popayan, da Colômbia; Trepçe Mitrovice, do Kosovo; além de outros no basquete nacional - a pivô brasileira Kelly Santos está novamente fora do Brasil, defendendo o Zadar Plus, da Croácia. A mesma Croácia que poderá ser a adversária do Brasil nas quartas de final na sexta-feira, dia 9, no Estádio Cidade da Educação, no Catar. Antes disso, porém, é preciso que os croatas derrotem os japoneses, e o Brasil passe pela Coreia do Sul, na rodada das oitavas nesta segunda-feira, dia 5, também em Doha. Kelly está na Croácia há cerca de dois meses. Na última quinta, dia 1, torceu pela equipe croata contra aos belgas (na foto ao lado de uma colega de time), mas já está antecipando o possível duelo entre sua terra-natal e o país em que está atuando e iniciando sua nova carreira, a de treinadora, dirigindo uma equipe das divisões de base do Zadar. "Eu estou na minha 15a temporada no exterior, sem contar os contratos curtos. Por isso, já me acostumei a festejar os gols do Brasil sozinha em terra estrangeiras. Procuro acompanhar todos os jogos da Croácia e Brasil e estou torcendo para ambos", contou, em conversa pelo whatsapp. "É a primeira vez que meu coração fica dividido em uma Copa do Mundo! Eu realmente tenho desfrutado dos meus amigos, trabalho e lazeres na Croácia. Num Brasil x Croácia, até me imagino dentro de um pub, vestindo verde amarelo e gritando sozinha Brasil!. Mas acho que eles me espancariam (risos). Então vou tentar não me emocionar muito, mas a sensação é pela primeira vez de um coração dividido". Kelly está vivendo em Zadar, a 285km da capital, Zagreb. Nesta segunda, terá jornada dupla como torcedora, vibrando com a Croácia, na partida das 12h de Brasília (16h no horário croata), e depois com o Brasil, a partir das 16h de Brasília (20h no horário de Zagreb). Alguém que já defendeu seleções brasileiras de jovens e de adultos de basquete, entre 1996 e 2010 - tendo participado de três Olimpíadas e quatro Mundiais - , a atleta de basquete enxerga o futebol como uma grande paixão verde e amarela. Segundo ela, embora a seleção croata tenha sido vice no Mundial de 2018, na Rússia, e a população goste de esportes, o panorama é muito distinto do que se passa no Brasil quando a seleção joga. "As pessoas amam esporte por aqui, e claro que todo mundo está muito envolvido com a Copa. Mas talvez pelo fato de agora estarmos no inverno, não vejo as pessoas festejando pelas ruas. Aqui na Croácia, a vida segue. No Brasil, nós paramos o país, não tem jeito. De uma forma ou de outra, o brasileiro dá um jeito de fazer aquela festa. Adaptamos horários de trabalho, escola, a rotina fica envolvida na Copa mas aqui a rotina segue, pelo que eu entendi", analisou. "Mas já avisei aqui que se o Brasil fizer a semifinal e a final, me esqueçam... Vai ser pipoca e olho na tela...", encerrou rindo, a gigante Kelly, de 1,93m.

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