Degustação de Catar-2022

 O que esperar do Mundial Catar-2022? De acordo com o sorteio dos grupos da competição, o Brasil vai enfrentar os adversários da Chave G.   Vai estrear no dia 24 de novembro contra a Sérvia, às 16h de Brasília. Em seguida, no dia 28, às 10h, os adversários serão os suíços. No dia 2 de dezembro, às 16h, a seleção brasileira terá pela frente a equipe de Camarões. Caso avance à segunda fase da competição, o Brasil irá cruzar com um time da Chave H: Portugal, Gana, Uruguai e Coreia do Sul.

       Em relação às demais chaves da competição, o Grupo A terá Catar, Equador, Senegal e Holanda; o B, Inglaterra, Irã, Estados Unidos e País de Gales; o Grupo C, Argentina, Arábia Saudita, México e Polônia. Já o Grupo D vai reunir  França, Dinamarca, Tunísia e Austrália; o E, Espanha, Alemanha, Japão e Costa Rica; e o F, Bélgica, Canadá, Marrocos e Croácia.



          No que diz respeito à infraestrutura, a Copa irá dispor de oito estádios: 


*Lusail Iconic Stadium (80 mil pessoas), sede da final do Mundial, na cidade de Lusail, ao Norte da capital Doha; 

*974 Stadium (40 mil), em Doha. Seu nome se refere ao código telefônico internacional do país e também ao número de contêineres utilizados na construção da arena, que será desmontada após a competição; 

*Al Bayt Stadium (60 mil), em Al Khor. Seu design lembra o de uma tradicional tenda árabe do deserto. Vai sediar a partida de abertura do Mundial, no dia 20 de novembro, entre Qatar e Equador;

*Al Janoub Stadium (40 mil), em Al Wakrah, inaugurado em 2019. Seu design faz lembrar as embarcações utilizadas na pesca e exploração de pérolas, atividade tradicional no país antes da descoberta de petróleo nos anos 1970;

*Ahmad bin Ali Stadium (40 mil), que depois do Mundial será a casa do time Al Rayyan, da municipalidade homônima. Após a competição metade de seus assentos serão doados a projetos de futebol ao redor do país;

*Al Thumama (40 mil), em Doha. Seu design é inspirado na gahfiya (ghafya ou gafirah), uma espécie de gorro utilizado por meninos e homens islâmicos, como símbolo de dignidade e independência. Ao final do Mundial terá sua capacidade reduzida à metade;

*Estádio da Cidade da Educação (40 mil), em Doha. Integra o complexo do mesmo nome, que reúne diversas instituições de ensino;

*Khalifa International Stadium (40 mil), em Doha. Mais tradicional estádio do país, foi inaugurado em 1976 e reinaugurado em 2017, já para a Copa do Mundo. Foi sede do Mundial de Juniores da Fifa, dos Jogos Asiáticos, da Copa do Golfo Árabe, de jogos do Mundial de Clubes da Fifa e de programações do Mundial de Atletismo.

           A área total do Catar é de 11,5 mil km2 - cerca da metade do território de Sergipe, o menor estado brasileiro, com 21,9 mil m2 e de um quarto do Estado do Rio de Janeiro, de 43,7 mil km2.

           Com isso, esta será a Copa mais compacta de todos os tempos, de modo que um torcedor poderá até assistir presencialmente a três partidas num mesmo dia. Isso só será possível graças a um moderno e eficiente sistema de Metrô que dispõe de estações próximas das diversas arenas.  Para se deslocar entre os estádios usando o Metrô gratuitamente, o torcedor terá de dispor de seus tickets e de um cartão de transporte especial, adquirido previamente por meio da Internet. 

          Com uma população estimada em 2,7 milhões de pessoas, em 2019 - mais da metade residente na capital Doha -, de acordo com o site oficial do governo, o Catar é considerado o país mais rico do mundo, no que diz respeito à sua renda per capita, isto é, a divisão do Produto Interno Bruto (PIB) por sua população. Em 2017, o PIB era de US$ 166 bilhões, e a renda per capita de US$ 124 mil. A moeda nacional é o ryal catari, que, em maio, valia R$ 1,39 ou US$ 0,27.

          Em relação aos aspectos demográficos, é necessário observar que cerca de 75% dos habitantes desta nação são estrangeiros, em especial indianos que para lá seguiram a fim de trabalhar. A respeito das obras de estádios e infraestrutura visando ao Mundial, a imprensa internacional, em especial a inglesa, denunciou abusos contra os direitos humanos e trabalho escravo, acusações sempre desmentidas pelo governo qatari ou qatariano. 

         Calcula-se que haja cerca de 800 cidadãos brasileiros residentes no país, por causa da indústria do futebol ou do setor da aviação internacional, uma vez que pilotos brasileiros costumam ser contratados por companhias aéreas daquela região. O Brasil mantém uma embaixada no país, cujo site é: http://doha.itamaraty.gov.br/pt-br/.

          Um fato curioso é o de que no Catar há mais homens que mulheres. São aproximadamente 2 milhões de pessoas do sexo masculino e cerca de 700 mil do feminino, já que muitos homens que se mudaram para o Catar a trabalho deixaram suas famílias em seus países de origem.

           Independente desde 1971, aquela nação é uma monarquia constitucional e absolutista, governada pelo emir (equivalente a príncipe no Ocidente) xeque Tamin bin Hamad Al Thani, membro da dinastia que mantém o poder no país desde o século 19. Entre 1916 e 1971, o atual território qatari foi um protetorado britânico. 

          A base da constituição é a Sharia, código ético e legal muçulmano, baseado no Corão, livro sagrado do islamismo. Trata-se da religião oficial do estado, embora haja no país cristãos, hindus e praticantes de outras crenças. No islã, o dia de culto é a sexta-feira, mas a final do Mundial será em um domingo, dia 18 de dezembro. No Catar, o fim de semana inclui a sexta-feira e o sábado. Domingos são dias normais de trabalho. 

          Em relacão aos costumes, por se tratar de um país oficialmente islâmico, o consumo de álcool e derivados de carne de porco é proibido. Entretanto, estrangeiros residentes que dispõem de identidade de estrangeiros podem comprar tais produtos em mercado específico, para consumo doméstico, apenas. Alguns hotéis credenciados mantêm bares onde bebidas alcoólicas são negociadas. Até meados deste ano, o Comitê Organizador da Copa não havia divulgado quais regras seriam adotadas durante o Mundial em relação ao tema.  

        A respeito das vestimentas, tanto para homens quanto para mulheres, os trajes ocidentais são permitidos, desde que não mostrem demais o corpo. Assim, camisetas regatas, shorts e bermudas devem ser evitados. Para resumir, melhor evitar mostrar ombros e joelhos. 

         No caso das mulheres, convém levar um lenço na bolsa, para o caso de desejar visitar alguma mesquita ou se sentir que está sendo muito observada nos mercados e shoppings, por exemplo. Manifestações de carinho, mesmo entre casais oficialmente casados, não são recomendáveis. Em restaurantes, os salões costumam ser divididos em setores para famílias - pais e filhos juntos - e solteiros.  

         Desde 1995 vem sendo notório o crescimento econômico do emirado (país governado por um emir, o soberano). No século 19, era conhecido pela exploração do mercado de pérolas, e a partir dos anos 1970 ganhou um impulso econômico devido ao petróleo.  O país é rico em petróleo e gás natural, além de ser muito atuante no mercado financeiro. 

          O esporte, para além de ser uma paixão da dinastia Al Thani, é o melhor cartão de visitas dos qataris, que são proprietários do Paris Saint Germain, da França e têm promovido um sem número de eventos esportivos os mais variados na última década. Sede da próxima Copa do Mundo, o Catar acalenta o sonho de celebrar no futuro os Jogos Olímpicos de Verão.

      


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